A organização assegura 1000 diabos à solta em Vinhais. Mas vão andar mais, ao principio da noite de Sábado, 9 de Março.
O ritual tem a ver com a quarta-feira de cinzas em que a morte sai à rua. Em algumas terras do Nordeste transmontano é o fim das festas de inverno.
É uma tradição muito antiga, uma expressão da cultura popular que em Vinhais ganhou maior projeção com a festa dos diabos à solta que nos últimos anos é assinalada ao final do dia de sábado. Este ano é a 9 de Março
Mais de 1000 diabos, todos homens, vestem um fato vermelho de flanela e vão para as ruas com um cinto a chicotear as pessoas. Com tochas, gaiteiros e muito ruído ameaçador os diabos percorrem as ruas que vão dar à praça central.
As raparigas são o principal alvo dos diabos. Algumas estão nas varandas. Eles tentam subir por escadas e elas defendem-se lançando baldes de água e cinza. Muitas raparigas refugiam-se nas igrejas onde é proibido o diabo entrar. O problema é que chega a morte e expulsa as raparigas. Elas são apanhadas pelos diabos e levadas para um carro de bois puxado por rapazes. As raparigas ficam reféns e são transportadas para o jardim, junto a uma pedra onde têm de dizer uma ladainha para serem salvas.
O ritual termina com a morte a ser queimada. A morte é enorme. Tem sete metros de altura e em alguns momentos é ameaçadora com uma gadanha na mão. No entanto, não resiste e é quando se conhece a cara da morte.
A morte é queimada na praça e diz a tradição que quem vê a cara da morte durante todo o ano vai ter sorte.)
Na Casa da Vila, onde Carla Fernandes lhe pode fazer uma visita guiada, estão em exposição materiais sobre o Vinhais e o Parque Natural de Montesinho. Se não for à noite do 1000 diabos pode ver aqui material multimédia que mostra o cortejo e dá a conhecer a sua origem.
1000 diabos em Vinhais faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
O Vou Ali e Já Venho tem o apoio: