A coleção revela quase dois séculos de história e de histórias aos quadradinhos. Em caixas ou carteiras.
São sete salas que estão cheias de caixas, organizadas por mais de uma centena de países. Coleções de imagens de animais, natureza, carros, personalidades nacionais e internacionais.
Até propaganda de estados ou de campanhas eleitorais se encontra na imensidão de caixas de fósforos. A coleção já deve estar próxima das 80 mil unidades.
A façanha é de um colecionador privado que durante 27 anos recolheu 43 mil caixas e 16 mil etiquetas que ofereceu em 1980 à Câmara de Tomar.
Aquiles da Mota Lima começou a coleção com duas carteiras. Estão na primeira sala da Museu. Foi em 1953 e Aquiles da Mota Lima estava em Londres a assistir à coroação da Rainha Isabel II.
Nesta viagem conheceu uma colecionadora norte-americana, trocou com ela algumas caixas e depois nunca mais parou.
A viagem seguiu para outros países europeus e na primeira incursão no estrangeiro recolheu um número suficiente para nunca mais perder o ímpeto de filumenista.
Com a colaboração de familiares e amigos aumentou significativamente a coleção.
Com outros colecionadores fez trocas e conseguiu alcançar uma imensa diversidade de exemplares que causa admiração ao visitantes do Museu.
Há caixas de mais de 120 países e alguns já nem existem com a mesma designação.
A produção de fósforos em Portugal que se iniciou no final do século XIX também está representada com um numero considerável de caixas. Há também outros exemplares que foram importados.
O espólio do museu está sempre a aumentar com ofertas
No dia da minha visita chegaram mais algumas dezenas de caixas.
É a filha de Aquiles da Mota Lima que dirige o Museu e que faz a seleção das doações.
Dizem que tem uma memória visual fantástica e que imediatamente sabe se uma caixa já faz parte ou não da coleção.
As caixas têm muitas formas, tamanhos e algumas visavam essencialmente um efeito decorativo.
Juntando mais informação e outros instrumentos como uma máquina de colar etiquetas nas caixas ficamos com uma percepção mais detalhada de um utensílio que faz arte do nosso quotidiano.
Por fim, não escapa à nossa atenção uma caravela feita de fósforos queimados.
Conforme nos relatou Fernando Silva, o nosso anfitrião, a caravela foi feita por presos da prisão militar de Tomar e ofereceram-na ao Museu.
A entrada é gratuita.
Museu dos Fósforos em Tomar tem a maior coleção da Europa faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
O Vou Ali e Já Venho tem o apoio: