A Lua Cheia há 22 anos que nos embala com histórias em particular para crianças. Histórias contadas em narração oral ou em peças de teatro onde é frequente o recurso a marionetas.
Diz Maria João Trindade, atriz e diretora artística da Lua Cheia, que “desde o início que nós gostamos de fazer este trabalho misto, de ator e marioneta. Trabalhamos também muito para a criança, embora a marioneta seja transversal e existam mesmo espetáculos só para adultos” Maria João Trindade acrescenta que “para as crianças é muito importante porque é um jogo que eles também fazem. Pode até ser outro tipo de objetos a que se dá vida”.
Ou por outras palavras, o fascínio das marionetas que encanta todos, independentemente da idade. “Nós consideramos que o teatro é um todo e que o trabalho da palavra, da manipulação, do jogo cénico, da luz e do som também é importante. É esse todo que faz essa magia. Faz acreditar e, no que respeita à marioneta, às vezes faz esquecer o marionetista. Isso acontece muitas vezes o que é interessante.”
A Lua Cheia cruza em cena várias linguagens e também cria estratégias, como por exemplo serem contadores de histórias, que apelam à leitura, em particular através de leituras encenadas. Descreve Maria João Trindade que “o livro está sempre presente. Existe sempre a leitura com com diálogos que não são lidos… Há sempre um jogo entre a leitura e o processo teatral. Também temos os contos que fazemos em bibliotecas, que podem ser com livros ou apenas narração oral.
Fazemos ainda histórias em tom de brincadeira, uma “converseta” de histórias de livros a histórias pessoais, mas que se inserem neste quadro de partilhar historias e momentos.”
Este é um dos motivos porque apostam em percorrer o país, porque fazem muita itinerância. “Para os mais pequenos vamos às escolas embora, o que gostaríamos é que a escola viesse ao teatro. Vamos ainda a bibliotecas, auditórios municipais e também fora do país.”
A Lua Cheia tem uma sala em Lisboa e é também um projeto interessante. É a Casa do Coreto porque fica mesmo em frente ao bonito coreto que está numa praça de Carnide. Antes era uma serralharia e foi transformada num espaço cultural em parceria com a Junta de Freguesia de Carnide. Agora, em Janeiro, é o palco para um dos espetáculos que há mais anos, há duas décadas, faz parte do reportório da Lua Cheia. “Nós somos uma companhia com 22 anos e temos alguns espetáculos que vão continuando em carteira. Porque os consideramos importantes como é o À Procura do ó-ó perdido.
É um espetáculo de Pascal Sanvic. Ele é francês e e produziu este espetáculo há muitos anos em França. Nós depois também o montamos em Portugal e está em cena desde 2000. Tem sempre uma grande magia. Há um jogo cénico e é um espetáculo intemporal. Vamos estar em cena com ele em janeiro porque fazemos sempre questão de iniciar todos os anos com o À Procura do ó-ó perdido.
Já percorreu o país, já esteve em Moçambique… e ficamos muito contente de o ver por aí. É um espetáculo a partir de 1 ano de idade e até aos 5,6 anos. O espetáculo é de teatro e marionetas e está em cena até 26 de janeiro.
A Casa do Coreto recebe também espetáculos de outras companhias.
Lua Cheia de histórias faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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