A Brasileira é muito bonita. Preserva o charme da burguesia, que gostava de Art Déco, e o lema “o melhor café é o da Brasileira”. Obrigatório descobrir na visita a Braga.
O café A Brasileira foi inaugurado em 1907. É o segundo mais antigo de Braga e não fica longe do decano, o Vianna, que tem mais 36 anos.
Os estilos são diferentes e o da Brasileira é marcadamente Art Déco.
O prédio está revestido a azulejos e tem portas em vidro e ferro. Candeeiros metálicos redondos protegem do sol e da chuva quem está sentado nas mesas, próximo das várias entradas.
A luz natural ameniza o ambiente no interior onde se destaca o teto verde e branco e mobiliário antigo. Cadeiras de madeira e mesas com tampo redondo de vidro. No suporte do tampo está estampado, numa placa metálica, o símbolo de A Brasileira e a frase: O melhor café é o da Brasileira.
Um lema que na opinião de António Raul chega aos dias de hoje.
“A Brasileira ainda serve café de saco. A decoração no primeiro piso está diferente porque onde é o salão antes era uma sala de jogos.”
No entanto, o café preferido de António Raul era a Nova Brazileira. Fica mesmo em frente de A Brasileira, na outra esquina.
Foi inaugurado em 1930. “Tinha um quiosque com jornais, tabaco, lotaria…”, agora é uma loja de comércio, mas ainda tem inscrita na fachada as letras como o nome de Nova Brazileira.
A localização é no largo Barão de S. Martinho. No final da rua, vizinha da Praça da República e da Avenida da Liberdade, foi onde conversei com António Raul que tem memória de mais cafés nesta zona. “Aqui em frente, havia a pastelaria Benamour. Tinha um salão de chá. Depois, na avenida, havia o café do Sporting, O Nosso Café…”
O Nosso Café, inaugurado em 1951, foi um dos cafés emblemáticos de Braga. Foi ponto de encontro de várias gerações e hoje é uma loja de vestuário.
A Brasileira foi fundada por um empresário que foi vice-cônsul do Brasil em Braga.
O charme do café A Brasileira de Braga faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.