A queda de água com cerca de 20 metros de altura despenha-se entre singulares colunas basálticas. Formam uma longa parede virada para o mar. Num espaço reduzido, encontramos o choque entre os quatro elementos naturais: terra, água, fogo e ar.
A ilha de Santa Maria é a mais antiga do arquipélago açoriano e são vários os sinais geológicos que marcam a sua idade: seis milhões de anos.
Dos vários geossítios da ilha um dos que mais se destaca é a cascata da ribeira do Maloás.
A cascata tem cerca de 20 metros de altura e o que sobressai são as colunas escuras perfiladas numa extensão de mais de 200 metros.
Viradas para o mar e num declive profundo. Dois braços de terra, muito mais altos, protegem as colunas perpendiculares da fúria do mar.
Na verdade, contado de modo simples, foi o arrefecimento das lavas provocado pelo oceano que esteve na origem deste efeito singular.
As lavas foram lançadas pelo vulcão do Pico Alto e a contração provocada pelo arrefecimento gerou as fraturas perpendiculares.
As várias tonalidades da rocha variam ao longo do dia, consoante a exposição solar.
O caudal da ribeira deve ser agora maior, com o aproximar do tempo chuvoso, embora nos Açores seja possível ter as quatro estações num só dia. No caso da minha visita à cascata, no Verão, não escapei a uma “molha”.
Meia hora depois fazia sol. Foi no trilho que parte de uma estrada entre Malbuca e a ermida de N. Senhora da Boa Morte.
O caminho está sinalizado. Demora cerca de 15 minutos até chegar ao local ( 36º 55’50”N 25º 03’54”W ).
Acompanha a encosta íngreme e oferece excelentes vistas para a costa Sul de Santa Maria, em particular para a Ponta do Castelo.