O Museu Berardo Estremoz é um espaço fantástico de histórias, técnica, beleza e reflexo dos gostos de várias civilizações nos últimos oito séculos.
Histórias contadas com ironia ou a fé expressa na iconografia religiosa. Apercebemo-nos também da técnica, do design e dos diversos modos de produção que vão da antiga Pérsia a artistas e arquitetos contemporâneos como por exemplo Siza Vieira.

É um universo de fantasias, ostentação e fascínio concentrados num palácio.
“Abriu há dois anos, em plena pandemia. É um dos maiores, se não o maior museu de azulejos em todo o mundo.”

Ainda nas palavras de Hugo Guerreiro, diretor do Museu Berardo Estremoz, percorremos 36 salas em três pisos para descobrir a exposição “800 anos do azulejo.
Cobre azulejos da Pérsia, mas principalmente al-Andaluz e todo o período português a partir do século XV, XVI até ao presente.”

O Museu Berardo Estremoz  está localizado no centro da cidade e o edifício, o palácio Tocha, já tinha vários painéis de azulejos.  Descobrimos alguns exemplares logo à entrada numa esplendorosa escadaria de mármore de Estremoz.

Junta-se a coleção de vários milhares de azulejos.

O mais antigo é do século XIII e cada sala é uma sucessão de surpresas.

“É um vislumbre de azulejaria que vai da Pérsia ao Médio Oriente, à India portuguesa, abarca ainda a coleção holandesa e apontamentos ingleses, italianos e japoneses.
A grande coleção é do al-Andaluz e da parte portuguesa que ocupa maior espaço. Qualquer estudioso de arte tem obrigatoriamente de ter em referência estas peças.”
Segundo adianta Hugo Guerreiro, nestes dois anos, o Museu conseguiu afirmar-se nos roteiros turísticos com “milhares de visitas. É um ponto obrigatório de visita no Alentejo.”

O projeto já tem alguns anos. Começou com a Associação de Coleções a comprar e restaurar o palácio Tocha, que estava em ruínas.
“O Comendador Berardo, que tem uma das melhores coleções do mundo, decidiu abrir aqui um museu e foi feito um protocolo com a autarquia.

A Associação de Colecções forneceu a coleção, o catálogo e a autarquia cuida do imóvel, faz a manutenção, tem no museu funcionários do município e desenvolve toda a programação.
Organizamos igualmente exposições e a programação da área educativa.”

A visita é demorada. Exige tempo para se ver os detalhes e compreender o enquadramento estético e cultural. Para isso, nada melhor do que uma visita guiada.

No jardim do palácio podemos fazer uma pausa, contemplar outros exemplares de azulejaria e a visita termina com uma prova de vinhos.
Museu Berardo Estremoz: provavelmente o maior museu de azulejos em todo o mundo faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

Comments

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *