A Serra de Montejunto é um refúgio a cerca de 50 km de Lisboa.
É um abrigo para pessoas, animais e plantas. Está entre o mar e uma zona agrícola com forte intervenção humana. Vista da serra de MontejuntoA serra de Montejunto, com cerca de 15km de comprimento e 7km de largura, preserva vários ecossistemas e, por isso, foi classificada como Paisagem Protegida em 1999.

Na serra de Montejunto há cerca de 400 espécies de plantas e é um santuário para a reprodução de 75 espécies de aves, das quais cerca de uma dezena correm o risco de extinção.
Animais e plantas refugiam-se na serra e quem faz um passeio rapidamente descobre uma grande diversidade de espécies. Há uma grande variedade de plantas. Domina o carrasco e o alecrim. Existem ainda algumas manchas de pinheiro manso e algumas espécies correm o risco de extinção como um tipo de orquídea que só existe em Montejunto e Trás-os-Montes.

Sopé da serra de Montejunto
Sopé da serra de Montejunto

No caminho para a serra já se tem uma noção da riqueza ambiental. Muitos lugares parece um ambiente selvagem, com subidas íngremes que nos levam a mais de 650 metros de altitude.
Há miradouros que nos permitem contemplar a paisagem humanizada dos concelhos de Alenquer e Cadaval e espreitar o Tejo.
Vista a partir da serra para o TejoNo topo da serra a vista é muito maior. Consegue-se ver uma parte significativa da costa portuguesa. Desde Sintra até à Nazaré. É por isso que Montejunto também é apelidada de “Varanda da Extremadura”.

Ruínas do convento próximo Capela de Nossa Senhora das Neves
Ruínas do convento próximo Capela de Nossa Senhora das Neves

Um dos locais onde se tem uma vista muito interessante é no miradouro junto à Capela de Nossa Senhora das Neves. O templo é muito antigo e a romaria mantém-se até aos dias de hoje. Ao lado estão as ruínas do primeiro convento dominicano em Portugal. É do século XIII e posterior à capela.

Emissores e radares no topo da serra
Emissores e radares no topo da serra

A presença humana na serra data de há muito e há vestígios nas grutas e castros. Do património edificado salienta-se ainda a Real Fábrica do Gelo que produzia gelo para Lisboa.

Real Fábrica de Gelo
Real Fábrica de Gelo

Para a corte e para hospitais durante quase dois séculos. A Real Fábrica do Gelo também pode ser visitada.

Para quem queira descobrir todo este património há o Centro de Interpretação do Parque. Fica na Quinta da Serra na antiga casa do Guarda Florestal. O Centro tem informação diversa sobre a fauna e a flora de Montejunto e também dos percursos pedestres que pode realizar.

Centro de Interpretação do Parque
Centro de Interpretação do Parque

Há três trilhos devidamente sinalizados que nos levam pelo meio da serra. Os trilhos vão dos 5 aos 9km e têm grau de dificuldade diferente. “Todos os dias vêm aqui pessoas fazer caminhadas porque é uma forma de encher a alma, é um local magnifico”, diz Carlos Ribeiro, gestor do Parque.

Percurso pedestre junto à Capela de Nossa Senhora das Neves
Percurso pedestre junto à Capela de Nossa Senhora das Neves

A visita é mais agradável fora do pico do Verão, nos próximos meses. Ou então no final da Primavera, quando floresce a rosa albardeira.
O refúgio da serra de Montejunto faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, O refúgio da serra de Montejunto, pode ouvir aqui.

Comments

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *