A praia fluvial de Ortiga fica num lugar muito calmo, na junção da Ribeira de Eiras com a albufeira da barragem de Belver.
O enorme espelho de água está rodeado de árvores que são mais vistosas próximo da albufeira.
A piscina flutuante é o lugar mais procurado para quem se quer refrescar. Podem ainda ser feitas outras atividades.
Por exemplo andar de kayak. Quando falei com Márcio Spínola tinha acabado de acostar vários kayaks que os visitantes podem utilizar para passeios, principalmente para a zona da ribeira. “Com sorte podem encontrar lontras. A paisagem é muito bonita e há umas pedras onde se pode estender as toalhas. Há duas formas de lá chegar. Por água com os kayaks ou na margem por um pequeno passadiço que fui eu e uns colegas que fomos debastando o terreno até formar um caminho.”
No passado recente os visitantes podiam fazer escaladas e slide através de uma torre de madeira que está no meio do enorme areal. O problema é que escasseiam os visitantes e não justifica ter o equipamento a funcionar.
Márcio Spínola lembra-se da praia fluvial cheia de gente. Vinham pessoas de várias localidades da região. Havia mais gente. Agora é a colónia e o parque de campismo que trazem mais visitantes. A torre de madeira faz lembrar esses dias.
Enquanto noutras praias muitos se queixam do excesso de pessoas, Márcio Spínola está desolado com a pouca frequência.
O parque de campismo ao lado da praia ajuda o movimento.
Alguns casais e famílias aproveitam as sombras das árvores para descansarem.
Por vezes o silêncio é interrompido com a passagem do comboio ao lado do Tejo a caminho de Ortiga que fica a cerca de 2km, num ponto alto.
Fustigada pelos incêndios, o fogo só parou próximo da albufeira da barragem, a área envolvente de Ortiga já recupera o verde na paisagem. Pode ser que tragam de volta as codornizes que, parece, estará na origem do nome de Ortiga. No património da aldeia figura ainda uma anta e o sítio arqueológico do Vale do Junco, classificado como Imóvel de Interesse Público. Seria um balneário romano de uma vila que pode estar associada à exploração de ouro no rio Tejo. Mação é um concelho rico em achados arqueológicos e de gravuras rupestres. Um dos pontos de referência é o Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo.
Praia fluvial de Ortiga faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
O Vou Ali e Já Venho tem o apoio: