O Zêzere num dos seus meandros abraça Janeiro de Baixo.
O rio pode ser visto do alto da aldeia, próximo da igreja. Temos um miradouro que revela a largura do Zêzere e que é ampla.
Junto à água há uma roda de pedra que aproveitava a força motriz do Zêzere.
Um caminho improvisado desce do miradouro até ao rio numa encosta que é íngreme e que dá para ver melhor como o Zêzere contorna a formação rochosa onde está o espaço urbano.
Janeiro de Baixo faz parte da rede das Aldeias de Xisto e há várias casas recuperadas, em particular no largo onde fica o miradouro.
O tom alaranjado da terra e do xisto dão um forte colorido à aldeia. Os vasos com flores numa praça e junto às casas ajudam a decorar o casario que vive em silêncio muitas horas do dia porque, fora do Verão, Janeiro de Baixo tem poucos residentes permanentes.
É um lugar isolado no meio das serras e os recursos naturais não foram suficientes para travar a emigração.
Muitas casas são segunda habitação e algumas foram recuperadas por estrangeiros e por pessoas de outras regiões de Portugal. Outras habitações são para alojamento de turistas.
Um dos lugares mais frequentados no Verão é a bonita praia fluvial. É uma praia natural em que a areia resulta dos “meandros” do Zêzere que se vê obrigado, um pouco depois, a galgar algumas pedras. Provoca o único som quando a praia está deserta.
Todo o espaço é envolvido por uma bonito enquadramento natural. As encostas altas da serra e a abundante arborização transformam num recanto este percurso do rio.
Nas proximidades há um parque de campismo e estruturas de apoio à praia fluvial.
O acesso à aldeia é feito por uma ponte onde temos uma bonita vista do rio em direcção a Janeiro de Baixo. A humidade e as sombras da serra intensificam o verde das árvores junto às margens do rio e convidam a um passeio num percurso pedestre.
Janeiro de Baixo entre os meandros do Zêzere faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e pode ouvir aqui.
Roteiros pelas Aldeias de Xisto
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