O RIAS é mais conhecido como um hospital de animais selvagens inserida na zona protegida da Quinta de Marim, em Olhão.
A maior parte dos animais entregues para tratamento são aves feridas. Constituem cerca de 95% dos animais que dão entrada. Diz Sofia Costa que trabalha na gestão e coordenação do RIAS que são maioritariamente gaivotas, cegonhas e aves de rapina: corujas, mocho galego e algumas águias.

Uma águia que ficou ferida e está em recuperação
Uma águia que ficou ferida e está em recuperação

Por ano o centro recebeu, em média, quase dois mil  animais.O número tem aumentado nos últimos anos. Em 2018 o RIAS recebeu cerca de 2000 animais e no ano passado o número cresceu para cerca de 3000.
O principal objetivo é recuperá-los e depois devolvê-los à natureza. É um momento muito especial a que podemos assistir e partilhar as sensações de estar próximo de um animal selvagem. “A reação das pessoas é de espanto porque nunca viram um animal selvagem tão perto.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=rz9kuC386g0]É um momento especial para os mais novos e também para os adultos que reagem também com admiração.”  Para este momento especial são convidados os padrinhos do animal. Um gesto de apoio ao RIAS e que aprofunda os laços com a natureza especialmente dos mais novos.

Jovens curiosos
Jovens curiosos

Sofia sublinha que mais gente a apadrinhar animais doentes. Por exemplo, “no Natal é uma oferta diferente. Há também muitas turmas de escolas que se juntam para apadrinhamento de um animal.”
site_rias_3113Quem quiser também pode visitar o RIAS. Dá um passeio pelo Centro de Educação Ambiental de Marim e pode ver vários objetos relacionados com a vida animal.
site_rias_3118Na sala de exposição os visitantes podem também assistir em direto a imagens de alguns animais que estão recolhidos, em tratamento ou “em estágio” para serem devolvidos à Natureza.

Proteção de aves selvagens, sem contato humano, para serem devolvidas à Natureza
Proteção de aves selvagens, sem contato humano, para serem devolvidas à Natureza

O Centro desenvolve outras atividades para além da recuperação dos animais selvagens. “Fazem muito trabalho de sensibilização ambiental junto da população e das escolas. Desenvolvem ainda atividades junto de centros de investigação e universidades. Um centro de recuperação tem muita matéria para investigação a partir dos animais que chegam até nós. A vigilância sanitária é outra componente importante.”
site_rias_3086Uma dessas atividades de educação ambiental junto das escolas tem contribuído para uma maior sensibilização das pessoas para o cuidado com os animais selvagens. A atestar esta proximidade, “um dos sinais é que metade dos animais entregues no Centro é feita por pessoas comuns.  Só uma parte é através das autoridades. Quando começámos, em 2009, muita pouca gente nos conhecia, mas agora, devido ao esforço de comunicação e ao contato com as escolas, muita gente já conhece a nossa atividade e encaminha-nos os animais feridos que encontram.”
O RIAS funciona em Olhão desde 2009 e sucedeu ao antigo Centro de Recuperação de Aves. Ao todo já foram tratados e devolvidos à natureza milhares de animais.

Sofia Costa - RIAS de Olhão
Sofia Costa – RIAS de Olhão

O RIAS é gerido pela Associação Aldeia, com sede no Vimioso e tem também a seu cargo outro centro de recuperação de animais em Gouveia.
Rias que salvam animais selvagens faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

O Vou Ali e Já Venho tem o apoio:Af_Identidade_CMYK_AssoMutualistaAssinaturaBranco_Baixo

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