A cascata do Pego, em Penha Garcia, tem uma localização fantástica. Um vale profundo marcado por escarpas enormes que guardam icnofósseis e transformam a piscina num anfiteatro natural.
A cascata do Pego tem meia dúzia de metros de altura e a piscina, entre rochas e muros de pedra, faz a delicia de muitos visitantes, em especial nos dias quentes de verão.
Diz Domingos Rodrigues, que durante todo o ano toma conta dos moinhos e da Casa dos Fósseis que a piscina está quase sempre cheia em Junho, Julho, Agosto. Por vezes até ao final do mês de Setembro.
A água a corre entre enormes blocos graníticos e é um desvio, uma levada, que a transporta a para um ponto alto a partir do qual se despenha na piscina.
Explicou-nos ainda o senhor Domingos que a levada era “para cortar a água, quando era muita, para não ir toda para o moinho. Aquilo chama-se o pego.
Por cima era uma levada onde passava a água. Só que em vez de abrirem o tornador mais abaixo agora abriram mais acima.”
Domingos Rodrigues é, como ele diz, o guardião dos fósseis. Quem acompanha os visitantes num vale profundo, entre enormes escarpas. A beleza da cascata e da piscina fica muito aquém do conjunto. É fascinante a vista.
No alto, mesmo muito alto, vemos algumas casas e o castelo de Penha Garcia. Numa outra área está a albufeira que agrupa e dá força ao rio Ponsul que nasce uns quilómetros antes. Mas, após a comporta o rio continua a ser alimentado por outras nascentes.
“A água aqui é sempre fria. A nascente é quase toda aqui. Vem da barragem mas há muitos nascentes no rio. A maior parte nasce aqui no rio. Nós fechamos a água da barragem e nunca acaba a água, continua a correr.”
Nas contas de Domingos Rodrigues há duas nascentes e “a água é pura, nem precisa de produto. É só limpar. Água corrente não mata a gente, até se pode beber. Era o que se dizia aqui.”
Na piscina natural esteve minutos antes um espanhol. Referiu que desta vez a água “estava muito fria. Fiquei surpreendido. Este é o primeiro banho este ano e estava muito fria. Agora, com o verão, a água aquece um pouco.”
Ele conhece bem a cascata e a temperatura da água porque é um visitante assíduo. “Costumo vir todos os anos é maravilhoso, um paraíso. Em Espanha é pouco conhecido, mas na verdade, é um encanto. Vivo próximo, em Cáceres. Gosto de vir para esta zona. Come-se bem e a vista, a paisagem natural é muito bonita.”
É um dos ajuda os espanhóis a liderarem a nacionalidade de estrangeiros que visitam o vale que está integrado no Geoparque Naturtejo. “Espanhóis é a nacionalidade de estrangeiros que vem mais. Há ainda ingleses, ucranianos e russos. Uns estão de visita outros vivem aqui perto. Em Monsanto há alguns ingleses e por outras terras há imigrantes.”
Há também quem venha fazer escaladas nas escarpas graníticas e a maioria dos visitantes prefere outros percursos, como por exemplo a visita aos quatro moinhos que ainda funcionam dos 24 que existiram. Outro lugar de visita obrigatória é a Casa dos Fósseis.
A maior parte foram recolhidos pelo sr. Domingos que os descobre quando arranja os caminhos, as pontes de madeira, os moinhos e os muros. Uma descoberta que não para. “É todos os dias. É só por o pé de cima. São tantos no chão!”
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Cascata e praia fluvial do Pego – agua corrente não mata a gente faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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