O prato da consoada varia muito de região para região. No entanto, em quase todas as mesas está presente o bolo rei. Foi uma novidade em Portugal, há cerca de 150 anos, e rapidamente se popularizou. Como também o brinde. Em Bragança, terra da boa castanha, há mais de uma década que decidiram variar e apostar no bolo rei de castanha.
“É feito com massa de bolo rei tradicional. O recheio é de castanha com mais alguns ingredientes, um travo de canela e algumas bebidas para dar sabor. A massa é estendida, recheada, enrola-se e coloca-se em formas de papel. Depois de cozido é decorado com castanhas e chocolate.” A descrição é de Tóze, o nome pelo qual é conhecido o pasteleiro e proprietário da Pastelaria Domus em Bragança.
A forma é redonda, não se tira do invólucro e é cortado na própria folha de papel.
A cor é mesmo da castanha e o fio de chocolate na cobertura aviva o apetite. A ausência de frutas cristalizadas dá-lhe outra textura. “A massa é muito mais leve. Como não leva qualquer fruta para além da castanha, fica mais leve. Não tem nada a ver com o bolo rei tradicional, é totalmente diferente.”
O sabor a castanha e a ausência de fruta cristalizada são dois motivos para o bolo rei de castanha ter um conjunto de fiéis cada vez maior: “quem gosta de castanha aprecia este bolo. Habitualmente quem não gosta do bolo rei tradicional também compra. Nós fazemos muitos e vendemos para o Sul porque não há mais quem produza este tipo de bolo. Só em Trás-os-Montes”.
Habitualmente o bolo rei de castanha é produzido nestas festividades e durante alguns dias, em Agosto, quando do regresso dos emigrantes.
Em Bragança encontra igualmente o primeiro espaço em Portugal especializado na castanha, a Marron, Oficina da Castanha
Bolo rei de castanha é cada vez mais uma alternativa ao bolo rei tradicional faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.