A piscina natural alimenta-se da água de uma ribeira e é filtrada pelo mar quando a rebentação das ondas também vai “nadar” na piscina. Faz parte de um dos mais bonitos e afamados postais ilustrados da região de Sintra: Azenhas do Mar.

Junto ao mar, no final da falésia, o tom calmo da piscina natural, delimitada por um muro que a protege da força do mar, contrasta com a agitação das ondas.

No entanto, em algumas marés ficam irmanadas. Praticamente todos os dias o mar regenera a piscina que terá cerca de 60 metros de comprimento e 15 de largura.

“Quando a maré sobe filtra a água que vai para a piscina desta cascata. É uma mistura de água salgada com água doce. A areia que está no interior da piscina também é colocada de forma natural. Quando o mar sobe muito mete areia no interior.”

A cascata a que o nadador salvador Tiago Fonseca se refere é um fio de água da ribeira do Cameijo que atravessa um vale, entre falésias e vai desaguar ao mar através da piscina. Um pouco antes, na zona de lazer, ao lado do Azenhas Bar,  forma uma pequena queda de água.

O acesso à piscina é publico e gratuito e, por vezes, muitas pessoas vão ver as Azenhas do Mar e improvisam um mergulho na piscina. “Muitos turistas. Estão sempre a descer. Este é um ponto turístico, veem a piscina lá de cima, ficam com curiosidade e descem. Perguntam se podem dar um mergulho.”

A piscina é também procurada por famílias que aproveitam igualmente a praia. “A maioria das pessoas que vêm para aqui é faixa etária mais nova. Pais com filhos que vão dar um mergulho na piscina que é segura, deve ter o máximo de um metro de altura.”

A frequência é maior no verão e a piscina tem o apoio do nadador salvador. No entanto, como Azenhas do Mar tem muitos visitantes ao longo do ano,  há sempre gente a ir próximo do mar e da piscina.

Por vezes, alguns vão contemplar a enorme paisagem do alto das ravinas e “vêm até aqui, ficam no bar e acabam por passar aqui a tarde. É difícil deixar um sítio tão bonito como este.”

Alguns visitantes aventuram-se no muro quebra mar e quando a maré está mais agitada é preciso contar com algumas surpresas. Ou, noutros casos, como assisti a um grupo de miúdos, aproximam-se de uma extremidade e aguardam o rebentar de uma onda que pulverize de espuma o interior da piscina.

A experiência das últimas décadas revela que a força e a persistência do mar anula a separação feita pelo muro.
A construção tem cerca de 60 anos e resulta da intervenção de uma associação local. Com frequência  é preciso reconstruir e reforçar a estrutura.

O acesso à zona de lazer é feito por uma rampa ou escadarias a partir do casario da aldeia, ou de uma falésia do lado contrário, onde ao lado da estrada há um miradouro natural.

A zona de lazer conta ainda com um restaurante. Em conjunto com o bar e em comunhão com o pôr do sol e, mais tarde, com a lua, dão mais encanto ao anoitecer nas Azenhas do Mar.

A piscina oceânica de Azenhas do Mar: “é difícil deixar um sítio tão bonito como este” faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

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