Esta é uma boa altura para se provar a castanha assada. Os rituais de S. Martinho ditam a companhia da jeropiga, mas agora também podemos escolher entre várias qualidades de castanha portuguesa. Para muitos turistas estrangeiros é uma saborosa novidade.

Rita, vendedora na R. Augusta em Lisboa, diz que “a melhor é a Martaínha. É a que estamos a assar. É de Bragança e é uma castanha doce e muito macia.”

Rita é conhecedora porque tem uma larga experiência. Desde os 14 anos de idade que vende castanhas.
“No inverno vendo castanhas. No verão vendo fruta da época, morangos, cerejas, pêssegos…”.

Sempre no cruzamento da Rua Augusta com a de Santa Justa.
A nossa conversa teve de ser apressada. Primeiro porque estava a chover, depois porque se a formava uma longa fila de clientes e alguns olhavam com espanto para o carrinho e o fumo que saía do assador de castanhas.
“A maioria são estrangeiros. Para eles é uma novidade porque há países onde não há castanha. Gostam de apreciar o produto e de ver como assamos a castanha.
Por outro lado, há países como Espanha, que têm castanha mas não é assada como a nossa, não fica branquinha.”

O assador metálico é retirado com frequência das brasas, agita-se e depois é lançado o sal. “Utilizamos carvão de pedra e sal grosso. Conforme se vira a castanha coloca-se sal.

Acendemos primeiro com o carvão vegetal, que utilizamos para os grelhados. Depois é que utilizamos o de pedra.”
Rita tinha razão, a castanha Martaínha é de facto muito saborosa.

Castanhas assadas na rota turística da baixa de Lisboa faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

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