O castelo de Mourão namora o de Monsaraz. É a água da albufeira do Alqueva que os separa e reflete os tons quentes do pôr do sol, um outro enamoramento.
Além da vista, o castelo de Mourão oferece-nos ainda o silêncio pétreo da história. Muralhas que o tempo consumiu.

Já assisti a um pôr do sol no castelo de Mourão e o cenário é espetacular.

Tons alaranjados refletem-se na água da albufeira do Alqueva que serpenteia o horizonte vigiado pelo castelo de Monsaraz.
A luminosidade acentua o tom ocre das ruínas do castelo.

Acede-se ao topo das muralhas por escadas de pedra, nada confortáveis para quem tem medo das vertigens. O mesmo sucede no caminho improvisado em cima da muralha e onde temos uma noção concreta da altura da fortaleza. Mas a vista compensa o esforço.

“É espetacular. Os visitantes têm a mesma opinião. Dizem que é espetacular, com uma vista panorâmica sobre o lago do Alqueva” salienta Daniel Guedes que recebe os turistas no largo da vila, no Turismo de Mourão.

Ele acrescenta que a motivação de muitos visitantes é a descoberta da história e da paisagem.

O castelo remonta a meados do século XIV e sofreu uma profunda alteração depois da Restauração. Mourão é ponto avançado da fronteira com Espanha e viu reforçada a estrutura defensiva.

Junto das duas torres que fazem a proteção da entrada principal estão duas peças de artilharia, viradas para Espanha, mas é só fogo de vista.

No interior vemos apenas oliveiras e as ruínas da casa do antigo alcaide. O musgo decora algumas torres de xisto e granito, já esventradas pelo tempo.

Em melhores condições está a igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias, construída na estrutura do castelo. Remonta a finais do século XVII. Diz Daniel Guedes que “tem muita história. Foi restaurada. A decoração é em talha dourada. O estilo é gótico e rococó.”
A imagem de Nossa Senhora das Candeias é em pedra ançã. A festa da padroeira de Mourão é no início de Fevereiro.

Todos os domingos há cerimónias religiosas na igreja e pode ser visitada ao longo da semana.

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