A Cascata do Aveiro, junto à aldeia de Maia, na ilha de Santa Maria, é uma das mais altas de Portugal.
Tem 110 metros e fica próxima do mar onde desagua a Ribeira Grande.

A queda de água tem vários patamares e o maior é a pique com o branco da espuma a sobressair do fundo negro do basalto.

No solo forma-se um percurso de água muito calmo que faz uma breve paragem num pequeno lago que é o lugar preferido dos patos.
A ribeira passa depois por debaixo de uma ponte e poucos metros à frente beija o Atlântico.

A aldeia de Maia é vizinha da cascata.
É muito pouco o movimento na ponte e por vezes passam alguns pescadores.

De resto é a natureza. A flora, a fauna e as várias camadas geológicas que mostram como Santa Maria foi ilha duas vezes.
Primeiro com a forma de um vulcão e depois acabou por ficar submersa.

Nesse período, conforme refere Rita Câmara, diretora do Parque Natural da Ilha de Santa Maria, a ilha desapareceu completamente e houve sobreposição de elementos. Areais e animais.
Uma segunda actividade vulcânica com lavas submarinas soterrou estes vestígios marinhos e novamente foi-se formando a ilha.

São essas formações geológicas que vemos na encosta sul da ilha.
Na cascata também são visíveis até porque a queda de água tem uma forma cilíndrica.

Do lado esquerdo da cascata já se nota uma profunda intervenção humana com a construção de socalcos com pedras de basalto.
São inúmeras linhas, pequenos quadrados cobertos de vinha, que sobem as encostas muito íngremes.

O engenho humano junta-se ao registo da evolução do Oceânico Atlântico.

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