As quatro Aldeias do Xisto da zona do Tejo e do Ocreza são das menos conhecidas e, por isso, têm a vantagem do isolamento e de oferecerem imagens e vivências genuínas e que remetem para algumas décadas atrás.
Figueira, Martim Branco e Sarzedas estão relativamente próximas. Água Formosa, no concelho de Vila de Rei, está distante deste núcleo e, de certa forma, bem mais próxima do rio Zêzere.
A estas quatro Aldeias do Xisto junto Foz do Cobrão, no concelho de Vila Velha de Ródão, que já pertenceu à rede e é uma das mais interessantes. Pelo património natural e pela intervenção humana.
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A aldeia é pequena, está numa encosta da serra das Talhadas e tira excelente partido do ribeiro Cobrão com uma bonita praia fluvial.
O ribeiro junta-se depois ao rio Ocreza que temos de ver, do outro lado da aldeia, no miradouro das Portas de Almourão.
Aqui encontra informação detalhada sobre Foz do Cobrão e as Portas de Almourão.
Martim Branco e Sarzedas pertencem ao concelho de Castelo Branco e a ter de fazer uma opção, a minha sugestão é Martim Branco.
Tal como Água Formosa e Figueira, Martim Branco é um pequeno núcleo urbano.
Todas as aldeias mantêm uma forte ruralidade, estão escondidas próximo de um ribeiro e estão ainda marcadas pela arquitetura tradicional. Outro denominador comum é a desertificação.
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Nestas “aldeias do xisto”, com excepção de Sarzedas e Foz do Cobrão, residem de forma permanente menos de uma dezena de pessoas..
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Em Martim Branco muitos trabalham em Castelo Branco e a atividade económica local baseia-se na agricultura de subsistência. O turismo é residual.
Aqui pode ver em detalhe pormenores sobre Martim Branco.
Figueira vive uma situação semelhante e também surpreende pelo estado “bruto” das construções, tal como há dezenas de anos atrás. Em Martim Branco há algumas de taipa.
Em Figueira são quase todas de xisto. O esforço de reconstrução procura manter os materiais e a traça tradicional na “aldeia fortaleza” protegida pela invasão dos lobos. Próximo de Sobreira Formosa, Figueira não se encontra numa zona de serras muito altas e o acesso é fácil. Tem um restaurante, alojamento e um forno comunitário.
Tal como em Martim Branco e Água Formosa.
O de Figueira é muito conhecido pelo sistema de marcação.
Aqui pode ver mais informação sobre Figueira.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=wZPXEUV8FnM]
O forno de Água Formosa também é utilizado para outros fins para além da cozedura do pão.
Outro ponto comum tem a ver com a oferta de vários percursos pedestres. Em Água Formosa um dos mais utilizados faz a ligação à praia fluvial de Penedo Furado.
Água Formosa fica num vale profundo, ao lado da ribeira Galega e tem menos de uma dezena de habitantes. As construções de xisto estão a ser recuperadas e é também um núcleo urbano reduzido.
Temos essa noção de forma mais clara quando observamos a aldeia no topo da encosta. Um dos destaques é a fonte, uma gruta escavada na encosta rochosa. Está a algumas dezenas de metros do núcleo urbano.
O percurso até à fonte acompanha a ribeira. A pureza e a frescura da água da fonte está na origem do nome: Água Formosa.
Para além das Aldeias do Xisto, a região do Ocreza oferece ainda percursos com gravuras rupestres, em particular no concelho de Mação. No Tejo pode ver gravuras rupestres no concelho de Vila Velha de Ródão.
Uma visita obrigatória, próximo destes percursos, é ao Pego da Rainha, uma piscina natural com uma cascata. Umas centenas de metros antes da ribeira desaguar no Ocreza.