A Ponta dos Corvos é excelente para visitar em qualquer altura do ano. Praia, caminhadas, pesca, sentar numa esplanada e contemplar a baía… ou o inesquecível pôr do sol.
A Ponta dos Corvos situa-se numa língua de terra que abraça a baía do Seixal.
Do lado da praia, no imensa areal junto ao Tejo, temos vista para o Barreiro e Lisboa.
Do outro lado, a vista é para a bonita baía do Seixal, em particular ao pôr do sol, com os vários tons azul e laranja a refletirem-se num enorme espelho de água.
Uma paisagem que acompanha todos os dias Susete Ribeiro, “o pôr do sol aqui é lindo.
Põe-se na direção da Amora. Tiram-se bonitas fotografias e há muita gente que vem aqui fotografar o pôr do sol.”
Susete Ribeiro está no extremo da Ponta dos Corvos, num bar e é também a casa onde reside.
Meio a brincar diz que “tem a praia pela frente e a paisagem para trás que é o parque de merendas. Tenho campo e praia o ano inteiro. Eu estou no meio.”
O final da Ponta dos Corvos tem um cais que fica a cerca de 200 metros do Seixal. É atravessado pelos barcos que se refugiam na baía.
A passagem dos barcos é a barrreira que no passado era ultrapassada a nado.
“Quando éramos miúdos, do grupo da escola, vínhamos a nado até à praia. Metíamos a roupa dentro das lanchas dos barqueiros e pedíamos para as deixarem aqui.
Vínhamos na vazante, para ajudar, e a ida para casa era na enchente.
A travessia não é grande e fazia-se bem. Por vezes há dois senhores que vêm aqui beber uma cerveja. Antigamente havia mais gente.”
A distância é muito curta. De forma irregular há baleiras que fazem a travessia. Uma das iniciativas foi da Associação Náutica do Seixal, mas Susete Ribeiro diz que foi interrompida. Agora o acesso é exclusivamente por Corroios, por uma estrada de terra batida.
Parte do percurso acompanha uma base naval da marinha e uma extensa zona verde. Um sapal onde se pode observar aves e o que resta da antiga seca do bacalhau. “É muito antigo e está degradado. O sítio onde está este bar também pertencia à seca do bacalhau. Há mais de 50 anos que acabou.
Os caminhos para lá não são muito acessíveis.”
Do miradouro do Seixal, na antiga fábrica Mundet, onde Susete Ribeiro também andou a trabalhar, temos uma visão de conjunto da Ponta dos Corvos.
Foi Gilberto que andava a fazer um passeio e que me chamou a atenção para a extensa área da seca do bacalhau. “Toda a parte que está com mato era a seca do bacalhau.
Ao lado das casas ainda estão os paus onde se pendurava o bacalhau para secar.”
Do miradouro temos também uma visão de conjunto de quatro dos cinco moinhos de maré da baía.
Hoje, principalmente no Verão a maior procura é para a praia, como salienta Susete Ribeiro: “muita gente. A praia é muito boa, tem muito iodo.
Há também muita gente que vem fazer parapente.”
Fora da época de Verão é muito agradável para visitar e descobrir a pé. “Há muita gente a fazer caminhadas. Uns de manhã outros à tarde. Vêm do Laranjeiro, Cova da Piedade, alguns de Almada.
Há um casal que às vezes vem aqui. São de Lisboa, apanham o barco até Cacilhas e depois vêm até aqui a pé, para almoçar.”
Há também muitos pescadores. Em ambos os lados da Ponta dos Corvos e “mesmo à noite há muitos pescadores. Ainda esta noite estiveram a pescar até às 4 da manhã.”
O local é ainda aproveitado por famílias que fazem uma pausa com crianças porque há muitas sombras.
Outros ficam até ao final do dia à espera do espetacular pôr do sol.
Ponta dos Corvos e do magnífico pôr do sol na baía do Seixal faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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