Uma caminhada na Serra do Açor com vista para gravuras com quase cinco mil anos é a proposta do Centro Interpretativo de Arte Rupestre em Chãs d’Égua, próximo do Piódão.

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Há ainda um vasto património para pesquisar na serra e que abrange vários municípios. Dos trabalhos já realizados descobriu-se uma grande concentração de gravuras na zona de Chãs d’Égua.

© CM Arganil
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Ao todo estão identificadas cerca de uma centena de rochas com gravuras.
Fernando Neves arqueólogo do município de Arganil e coordenador do Centro Interpretativo é quem leva os visitantes à descoberta desse património.

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Como ele salienta, “são caminhadas desportivas e culturais. Existem quatro percursos com graus de dificuldade diferente e para diferentes grupos etários. No caminho vemos muitas gravuras e além disso temos uma excelente paisagem na zona de Chãs d’Égua e em geral na Serra do Açor.

© CM Arganil
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Há uma grande diversidade de fauna e flora. A paisagem é fantástica.”
Só a vista para a junção das duas ribeiras em Foz d’Égua, já justifica a visita.
siteg_foz_egua_vista_ribeiras1bAs gravuras transmitem uma grande diversidade de representações. “Têm espirais, antropomorfos, podomorfos… com representações variadas: báculos, sois, uma mão, um animal, linhas onduladas…”

© CM Arganil
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Há ainda outras gravuras que não se conseguem decifrar.
As gravuras são do período do Bronze e foram desenhadas em pedras de xisto, em superfícies da rocha em posição oblíqua ou vertical. Nunca da horizontal o que, segundo Fernando Neves, é uma das diferenças em relação às gravuras mais recentes do Vale do Côa.

© CM Arganil
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Outra diferença é a técnica utilizada para desenhar as gravuras. “São feitas através de um percutor, por martelagem. É tudo martelado. Não há riscos, é por isso que são gravuras esquemáticas, não é propriamente uma arte fina. Esta é outra diferença em relação às do Vale do Côa.

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O levantamento arqueológico foi realizado em colaboração com técnicos do Parque Arqueológico do Vale do Côa e mais recentemente foi feita uma parceria com o núcleo de arte rupestre da Barroca, no concelho do Fundão.

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Para se ver o património arqueológico em Chãs d’Égua tem de se marcar a visita que é sempre acompanhada. Fora da época alta as visitas são realizadas quando é possível constituir grupos de visitantes. No site da Câmara Municipal de Arganil encontra os contactos.
site_chas_egua_rupestre_PTPara além dos quatro percursos que nos levam à descoberta das gravuras rupestres há alguns caminhos pedestres entre Chãs e Foz d’Égua e o Piódão que nesta altura tem mais encanto porque é menor a pressão turística.

Visitas por marcação:
tel: n.º 235 732 787

E-mail: turismo.arganil@cm-arganil.pt
Mais informação
aqui

site_chas_egua_rupestre_8352Chãs d’Égua e de gravuras rupestres faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

Roteiro pelas Aldeias de Xisto

O Vou Ali e Já Venho tem o apoio:Af_Identidade_CMYK_AssoMutualistaAssinaturaBranco_Baixo

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