O Museu do Traje de Viana do Castelo é um deslumbramento para os nossos sentidos. Uma enorme diversidade de cores, brilhos e formas que dão corpo ao traje tradicional. O tesouro da identidade regional fica completo na sala do ouro com várias peças de ourivesaria tradicional.

São três pisos repletos de trajes tradicionais com cores exuberantes. Vermelho, amarelo, verde… lenços de várias cores e com efeitos. Quando a roupa tem um tom esbatido, o ouro sobressai ao assentar no traje escuro.
Por outro lado, vemos o pormenor, a riqueza decorativa de peças feitas pelas próprias raparigas em meios rurais, a partir de meados do século XIX. Trajes para várias ocasiões: trabalho, domingo, festividades ou de noivado.


Há também trajes masculinos, mas o preponderante são os das raparigas. Foi o que Alexandre mais gostou. “Sobretudo os trajes femininos e também a ala do ouro. O que sobressai é a cor e o brilho em alguns trajes.”

Alexandre vive em Andorra e desde os 4 anos faz parte do rancho Residentes do Alto Minho em Andorra.
Curiosamente, o folclore é uma das raras manifestações que hoje dá continuidade ao uso dos trajes tradicionais.
Odete, a mãe de Alexandre, diz que a família é originária de S. Martinho da Gandra, no concelho de Ponte de Lima onde também há uma forte tradição popular nos trajes.

“Na nossa freguesia há apenas um traje.. Aqui há muitos e diferentes. Mordoma, domingo… o que é bonito é isso, a diversidade.”

O Museu do Traje  tem cerca de um milhar de peças.

Além de trajes podemos ainda ver instrumentos para o fabrico artesanal, os tecidos, a grande variedade de bordados, mesmo nas meias e calçado.

O museu do traje está instalado na antiga delegação do Banco de Portugal e o cofre é a sala de exposição dedicada ao ouro. Maioritariamente do chamado Ouro Popular. Com o gosto de famílias rurais e que são hoje traços marcantes da identidade de Viana do Castelo.

Vemos várias peças de cariz tradicional como os colares de contas, coração de Viana, o cordão e colares de gramalheira. Há ainda relógios de bolso e peito.
O museu visa aprofundar o conhecimento sobre a etnografia local e também a sua divulgação. Promove iniciativas junto de escolas e oficinas de aprendizagem de artesanato.

A arquitetura do edifício, do chamado Estado Novo, é também interessante e torna mais apelativas as exposições – permanentes e temporárias.

Museu do Traje e da identidade do Minho faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.

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